Procure ser um homem de valor, ao invés de ser um homem de sucesso. Albert Einstein.
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Poema aberto
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
De tudo viste espelho meu
Mas de tudo viste destes e nestes meus quietos olhos:
A promoção na vitrine; o fim do trailer;
A faca do inimigo; a vastidão inútil do meu desejo.
Pobre de nós homo de pouca sapiência.
Pobre de nós que olhamos o céu e o conquistamos;
Vimos a lua, e hasteamos bandeira;
Subimos às galáxias e abraçamos a órbita,
Mas não vimos os onipresentes olhos de Deus.
Pobre de nós que acreditávamos ali vê-los.
O amor não cabe em molduras.
Se esquiva de mãos, dedos, da comunhão universal de bens...
Que também o futuro, assim como quem ama,
Flutua de uma ponta a outra,
Entre a impotência e a onipotência, eu é que sei.
Mas,
Ter saltado todos os saltos que saltei?!
Ter sonhado todos os sonhos que sonhamos?!
Também meu choro...
Por onde corres, gota que não descamba?
Habita agora a fronte minha, lágrima que eu já chorei,
E molha o olho que tanto deseja;
Mas pro coração deixa o desabafo, se voz ainda houver.
Quisera eu um punhado de ressaboreios!
Mas “De tudo fica um pouco!” lastimou o poeta.
De mim em ti, se cumpriu.
De ti em mim, deixo vazar sob as letras o que me esborra.
Aldemir Júnior
terça-feira, 26 de junho de 2012
Poema sentido
E a escuridão era tamanha, a me confundir se abertos ou fechados meus olhos andavam.
Passei a te ver com as mãos!
De palmo à palmo vi tua altura.
De palma à palma li tuas linhas.
De palma com palma as encaixei nas minhas, linha à linha.
Sem costura.
Escorreguei as mãos pelos teus braços, e pelas axilas os ergui.
Te pus em pose de entrega.
Mas a distância veio.
E esta era tamanha de ser inútil esticar meus braços.
Então traguei teu cheiro que inundara minhas mãos,
E te senti dentro de mim, vasculhando o que era teu.
Aldemir Júnior
terça-feira, 19 de junho de 2012
Poema da insônia
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Meus meninos
domingo, 8 de abril de 2012
Poesia 1
Saísses da minha vida com: “Quem sabe um dia...”.
Levei um banho.
- Mas banho é bom Maria!
Ora,
Ponto e vírgula cruel!
Futuro sádico que se arrasta.
Esperança, que és minha cria
Doa-me dias e me basta
Um que não doa já daria.
Me mostra a cara da vadia
Sobe a braguilha do meu macho
Do que me sobra, só tenho “um dia...”.
Fecundo ele, é onde eu nasço.
Primeira composição. Um sambinha de leve...
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Valentia
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Poema do perdido
nada mais aqui parece ter o mesmo brilho
desbotou, em meu dedo, o outrora indestrutível
foram-se embora os meus sabores.
meu chá, salgado.
meu café, amargo.
ao meu lado já não mais estão os meus amores.
tereza, falecida.
joaquina; com o circo, fugida.
tal qual meu companheiro duque, sem sequer se explicar.
risoleta saiu de minha vida; assim, tão decidida.
e arlete; ah, bandida!
foram-se embora minhas riquezas.
também já não tenho mais as cores
meu contemplar é tal qual o de uma viúva ao seu moribundo
o nascer do sol, aos meus olhos, se assemelha ao crepúsculo
tampouco me é presente a doçura das canções.
o mais altivo frevo me parece uma ladainha.
a cigarra é um grilo.
e o corvo, uma andorinha.
todavia, não há de ser eternamente insosso o meu destino
uma hora regressarei ao ponto de onde todos partimos
e libertar-me-ei, enfim, das algemas de onde estou para o infinito.
(Yuri Pereira)
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Sorte
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Tabacaria (Fernando Pessoa)

sábado, 4 de fevereiro de 2012
Atitudes
Na demora de minha espera aflorou o interessante.
Apostei em meu olhar de convite! Fechei o livro de romance, e como uma boa mulher, me deixei conduzir. E me forjei de perfeita, te omiti quase nada pra ser bem aceita, me dediquei no ofício de te fazer homem gole após gole de revés, dei meu corpo singelo e minha alma ingênua.
Te dei um jeito! Mas só vi costas. E à costas distantes outra tem num instante meu homem bem feito!