O
cálculo errado e a subtração.
E
os cantos da boca que não contam, nem sabem
Elasticamente
se afastam.
Dentes,
poucos se veem.
Vê-se
o impulso pego e o abandonar o chão
É
o confeito e o dia na mão. É tudo dele.
Pra
nós, a sobra é costume.
Pra
ele: à medida é fartura; o ‘na conta’ passa.
Dessa
ingenuidade
Que
vem porque tem de vim
Que
foge porque é preciso, bem cedo ter que fugir;
Que
morre de olhar virado, concreto sabor salgado;
Doce
gosto de olhar, sem ter pecado.
Não
morre, se sacrifica
Para
o corpo que ela habita
Ganhe
tempo, sobreviva
Ganhe
ombros, cacunda vida!
Rebento
meu e teu, gerado na escuridão
Do
útero frio e hostil do abandono.
Prole
a quem se nega o seio certo que pinga, que escorre, que vaza.
Quem
sabe durante a vida não tenha ele uma própria
Que
não, ou além
De
flashes para baixo, adolescência em jornais?
Falece
a esperta e altruísta inocência
Para
dar um “Siga” aos meus pivetes e seus sinais.
Limpa
vidros com suor do sol,
Carteiras
com lágrimas da noite, e de quem não dá,
E
o mais que lhe tocar a vista
Sem
ser visto!
E
o que não lhe tocar
Cede
ao intuito aprendido
De
saber que está lá, ou que deveria.
Assim,
a mão que se estende, pede.
A
que se cala, desvia.
Aldemir Alves de Lima Júnior
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