terça-feira, 26 de junho de 2012

Poema sentido


E a escuridão era tamanha, a me confundir se abertos ou fechados meus olhos andavam.
Passei a te ver com as mãos!
De palmo à palmo vi tua altura.
De palma à palma li tuas linhas.
De palma com palma as encaixei nas minhas, linha à linha.
Sem costura.
Escorreguei as mãos pelos teus braços, e pelas axilas os ergui.
Te pus em pose de entrega.
Mas a distância veio.
E esta era tamanha de ser inútil esticar meus braços.
Então traguei teu cheiro que inundara minhas mãos,
E te senti dentro de mim, vasculhando o que era teu.


Aldemir Júnior

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