terça-feira, 30 de setembro de 2008

Rotina desigual

Quanto tempo se passou e eu aqui. Deitado em minha cama, o abajur aceso, a bossa no fundo me acalmando e tangendo os pensamentos ruins para bem longe;
Quanto tempo se passou e pouca coisa mudou. Ainda vamos à bares nos finais de semana, ainda ficamos no tédio às 17h do domingo, ainda temos a esperança de que um bom governante tome a direção do nosso país, ainda sofremos por amor e ainda dispensamos quem nos quer na ilusão de ter quem não nos quer.
É, algumas coisas continuam em estática, outras sempre se dinamizando, e cabe a nós ficarmos parados ou ir acompanhando.
Quanto tempo se passou.
O Brasil já não tem a melhor seleção e já não se faz mais as coisas por amor;
Já não cumprimentamos uns aos outros e das frutas já não se sente mais o seu real sabor.

O homem cada vez mais se convence de que o planeta terra é pequeno demais para se viver e dia a dia descobrimos novas espécies de plantas e animais.

A música ainda emociona e um bom artista ainda demora a ser consagrado;
Jesus ainda estar por vir e o negro continua a ser discriminado.

Permanecemos hipócritas e aos poucos estão acabando com a tradição!

MEUS AMIGOS!!

A amizade já se compra! E a saudade ainda dói!
Ouvir lição de moral ainda é chato
Tiradentes não deixou de ser inconfidente. E também herói.

Andar na praia ainda relaxa, mas um buquê já não conquista mais;
Maomé não vai mais à montanha, nem a montanha procura mais Maomé.

Ainda contamos os dias para o feriado seguinte, ficamos ansioso pra receber um convite e receioso para dar um palpite;
Ás vezes é difícil saber o que é errado e o que é certo, o segredo é não se preocupar com conceitos impostos como sobre o que é longe e o que é perto.
Agora exausto termino meu verso
lhe mostrando o quão o ser humano é complexo.

Aldemir Júnior

terça-feira, 2 de setembro de 2008

MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA

"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, que companhia nem sempre significa segurança, e começa a aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas

Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança; aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo, e aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais, e descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida; aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida, e que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que eles mudam; percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos

Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influências sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve compará-los com os outros, mas com o melhor que podem ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde se está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que ou você controla seus atos, ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.

Descobre que algumas vezes a, pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se; aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou; aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha; aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens; poucas coisas são tão humilhantes... e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando se está com raiva se tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém; algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores, e você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.

Descobre que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar."


William Shakespeare

Democracia do amor

Amor, algo incondicional. Ninguém explica.
Isso é que me irrita!
E estar nessa situação,
de ver algo sem explicação,
estando atadas as minhas mãos
para dar uma solução.

Ora essa, o que eu fiz para receber isto?
Será que foi algum maldito
que também sofrendo de amor
deu um baita grito
E estando eu por perto e de ouvidos bem abertos
me passou esse ar de aflito?!

E agora, será que passa essa amargura?
Será que o cara que gritou conseguiu a cura?
Serei eu escravo desta ditadura?
Não. Colocarei minha armadura e lutarei como Prestes,
só assim estarei prestes a vencer esta batalha com bravura.


Aldemir Júnior

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Algo que escrevi numa noite.....

De tanto querer ocultar meus sentimentos,
terminei por demonstrar o que estava sentindo;
De tanto dizer a verdade e jurar minha sinceridade,
descobri que estava mentindo;

Mentindo pra quem?
Mentir pra si próprio é o ápice da burrice!

De tanto classificar sua presença como indiferente,
acabei por sentir sua falta;
De tanto lembrar dela quando estava ausente,
vi que a saudade mata;
De tanto enxergar defeitos em suas atitudes,
me convenci que amar é uma virtude;
De tanto realizar cálculos mentais
para auferir a probabilidade de ser feliz,
enxergo a minha idiotice de querer dar lógica ao amor.
Me arrependo de tudo que fiz.
Mas agora tudo passou.
O tudo se fez nada, perdeu-se no vazio
Agora é solidão, dor, amargura, calafrio,
Quero a cura de um novo amor,
Quero um coração sadio.

Aldemir Júnior

Cartola, o poeta do morro


ACONTECE

Esquece o nosso amor, vê se esquece.
Porque tudo no mundo acontece
E acontece que eu já não sei mais amar.
Vai chorar, vai sofrer, e você não merece,
Mas isso acontece.
Acontece que o meu coração ficou frio
E o nosso ninho de amor está vazio.
Se eu ainda pudesse fingir que te amo,
Ah, se eu pudesse
Mas não quero, não devo fazê-lo,
Isso não acontece.

A busca

Realmente não me conheço,
mas à parte; a parte que me conheço
sei que devo conhecer a arte,
pois ela é a única parte em mim que nunca parte.
Não conheço a arte, mas sei que ela está em mim.
Ainda hei de exteriorizá-la!

Aldemir Júnior