quarta-feira, 28 de abril de 2010

À ela!

Há amores que nos aprisionam. E arbitrariamente nos arrancam o livre arbítrio de substituí-lo.

Consequentemente nos impõe, sem direito a contraditório, uma pena privativa de felicidade. (Detalhe: de caráter perpétuo), pondo no cárcere da solidão aquilo nos mantia vivos: a esperança.

Impossível é a fuga!

Não tente pular o muro ou subornar o guarda. Você é o muro, você é quem o guarda.

E assim, recluso no regime fechado do seu eu, você segue sua vida, agora medíocre, vitimado de uma mulher coquete.

Por fim, incrédulo de tal realidade, fatigado de ser réu, arrependido diz pra si:

- Valia a pena ser revel!



Aldemir Júnior

Um comentário:

Unknown disse...

Belo texto poeta. Mas como o título já induz: "Amanhã é um novo dia"

Abraço,

Léo Alencar